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13/05/2021

CE CEDAC no Conexão futura

A diretora de desenvolvimento educacional da CE CEDAC Patricia Diaz falou ao programa Conexão Futura sobre os desafios e as possibilidades de atuação na fase de alfabetização no pós-pandemia, abordando o contexto de ensino remoto mas também a perspectiva de retorno das atividades presenciais.

Em conversa com a jornalista Karen Souza e a professora Natália Bruna, da Rede Estadual de Goiás, Patrícia reconheceu a falta que a escola faz nesse processo e falou em especial do ambiente alfabetizador que ela oferece.

“O ambiente alfabetizador faz muita falta nesse momento, as crianças não podem estar na escola, com a biblioteca, com os murais pelas paredes com as suas produções expostas, todo aquele ambiente com escritos por toda a parte, mas é importante lembrar que a leitura e escrita não são conteúdos apenas da escola, são conteúdos das práticas sociais”, disse a diretora.

“Nas casas, nas ruas, a gente vive num mundo letrado e a cultura escrita está presente por toda a parte. Claro que nos lares de algumas famílias não há tantos materiais escritos nos seus lares e para isso a escola durante esse período pode fazer kits com livros do seu acervo ou materiais escritos para emprestar para os familiares.”

A especialista ressaltou ainda que, embora não tenham a mesma especialidade dos profissionais de educação, as famílias podem dispor dos materiais escritos que têm em casa, dos familiares, irmãos já alfabetizados, para que as crianças se mantenham vivenciando experiências em que a leitura e escrita nos seus diversos usos sociais – para se comunicar, para se entreter, para fazer uma receita, listar compras ou atividades, ou mesma etiquetar caixas para guardar os brinquedos.

Patrícia antevê uma possível piora nos índices de alfabetização nesse período de suspensão das atividades presenciais, mas lembra que o país já  tinha muita dificuldade para alfabetizar as crianças até os oito anos de idade [conforme meta do PNE] e que este é um momento de olhar para as muitas possibilidades de atuação a partir desse cenário. A diretora fala da importância de um diagnóstico bem feito, que capture os percursos e saberes das crianças construídos nos últimos meses, e que funcione como um ponto de partida para um plano de ação, em vez de servir como mera constatação.

Ela destaca dois grandes desafios nesse caminho: a desmotivação dos estudantes pela aprendizagem e a formação dos educadores.  “Não tivemos nenhuma preparação para uma situação como essa, temos de pensar em como atuar no ensino remoto, no ensino híbrido, e será necessário fazer uma revisão dos contextos e processos para que todos os recursos que estão à nossa disposição possam ser aprimorados”.

Durante a entrevista, Patrícia alertou que são necessários planos de ação específicos para a alfabetização, que, como ela disse já enfrentava dificuldades importantes como a grande rotatividade dos professores que atuam nos anos iniciais e celebrou a aproximação entre escola e família como uma das conquistas que não podem ser perdidas em meio a esse duro legado da pandemia.

Clique aqui para assistir ao programa e confira também um artigo publicado pelo Canal Futura, tratando do mesmo tema.

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